Laranja é a fruta que mais gosto. E talvez por isso, o meu perigo: Por gostar muito e consumir igual, tenho encontrado muitas delas com uma ponta ressecada, sem suco algum. Dizem que na nossa cidade a grande maioria das laranjas vem de um só atacadista, o “Fulano das laranjas”; daí, concluí que as frutas semi-estragadas não estão por todo lado por acaso. Tem um certo fundamento que é o mesmo fornecedor. E não há coisa mais sem graça que uma laranja sem suco, seja ela doce ou azeda, como queiram. Felizmente, o livre mercado e a concorrência me ajudaram a evitar as laranjas ruins.
Laranja também é “Indivíduo que se presta, consciente ou inconscientemente, a participar de golpes para outros indivíduos, normalmente poderosos em persuadir e, portanto, que se aproveita da ingenuidade alheia” . Dizem que na nossa cidade há uma grande quantidade dessa “espécie”, e esta infelizmente até o momento, não há como escolher, pois são todas(os) ruins. Mas há como evitar. Estão permeáveis nos campos e na cidade, disseminadas como joio, mas muito bem identificadas. Neste caso há os fornecedores, que as usam para se aproveitarem dos benefícios públicos e privados, que se esforçam sempre em consegui-los e das mais variadas formas. Os atacadistas, quando pressionados por formação de cartel, se unem para afastar a idéia de desconfiança no seio da sociedade. E pressionam das mais sórdidas formas como por pressão política, intimidações no ambiente de trabalho...
Sim, há como evitar a ação desses atacadistas: Quem tem caráter, uma vida reta, um profissionalismo pautado na ética e na justiça e, principalmente, quem teve educação de berço e respeito aos seus, não há o que temer. Felizmente os fornecedores dos laranjas são e serão sempre desmascarados pela verdade, através da gestão participativa da sociedade nas políticas públicas. Não digo o mesmo da coisa privada, que é uma instância em que o dinheiro fala mais alto, e também há muitos aproveitadores. Nesse caso, o dinheiro pagará muito pela verdade que já está a tona.
Do Inhame aqui. Dezembro de 2011.
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