terça-feira, 13 de novembro de 2012


O rádio e outras mais

Já me perdi das várias vezes que me peguei falando alto de alguma frase que ouvi pelo rádio. Ouvir rádio é uma viagem. Outros instrumentos de comunicação, principalmente a televisão, não nos dá a dimensão sonhadora e fantástica do que o rádio pode nos proporcionar, pois na grande maioria, estas outras vias de acesso já coloca disponível toda a beleza (imagem e som) daquilo que se quer transmitir. Já com o rádio, o poder de persuasão do locutor para com o ouvinte tem um Q a mais, de atenção, carinho e inteligência. O rádio teve um papel crucial no século XX, na transmissão de notícias, na divulgação de músicas e seus estilos variados (o samba, o jazz, o blues, o rock), e que mudou o modo de pensar e de sentir da população mundial. Pode-se dizer que hoje isso não seja mais necessário. Com o advento das tecnologias digitais, o rádio tenha ficado obsoleto. Concordo em termos, pois o que se facilitou foi a disponibilidade de dados; tudo “realmente” ficou à mão. Um antigo LP, você “baixa”; aquele álbum muito famoso do fulano de tal, “tá na mão”. Mas a transmissão de informação ao vivo, pelas emissoras de rádio, não há perda de qualidade e velocidade. E outra: do outro lado há a voz humana, e não um bipe ou dois. A segurança na voz e na  qualidade da informação nos passa mais credibilidade que o conjunto imagem-som da televisão. Ouvir um noticiário, um evento esportivo nos prende mais a atenção, além de nos levar à imaginação a cena referida. Um jogo de futebol é típico isto: Uma narração do incrível Osmar Santos (Rádio Globo de São Paulo) nos anos 1980 ou do atual narrador oficial da Itatiaia de Belo Horizonte dos jogos do Glorioso Clube Atlético Mineiro, o Mário Henrique “Caixa” são exemplos da transmissão de imagens de jogadas através das ondas do rádio. E hoje, o rádio está mais vivo do que nunca. Novos aparelhos, sejam eles digitais ou transistorizados ou mesmos os antigos e charmosos valvulados (dos grandes botões e caixa de madeira) captam emissoras tradicionais e novas, que nos chegam a cada instante; é só procurar. Faço uma pequena lista de emissoras, horários e programas para quem quer viajar nas ondas do rádio, que já captei daqui de Paracatu:

Emissora / Sintonia
Programa
Dias / Horário
CulturaBrasil  de SP - 1200 AM
Música MPB
Música raiz de qualidade
Noite
Domingo - manhã
Nacional do Rio de Janeiro – 1130 AM
Música MPB
“Musishow”
Noite
Sábado e Domingo - noite
Inconfidência de BH, MG – 6010 OC  e 880 AM
“Túnel do Tempo” - músicas anos 60,70,80

“Feito em casa”
“Clube da Saudade” - serestas e boleros
“Anos Dourados”- músicas e comentários
“Estudio F”
Sábados – 8:30 manhã


Terças – noite
Todos os dias – noite

Domingo – manhã

Sábado e domingo - tarde
Itatiaia de BH , MG – 610 AM e 5970 OC
“Turma do bate bola” - futebol comentado
“Noite Livre” - humorístico
“Boa Tarde” - música anos 60,70,80 e 90
Jornal da Itatiaia
Todos os dias – 18:00 h

Todo dia – noite
Sábado – 14:00 h

Todos os dias – 6:30 h
Bandeirantes de SP – 840 AM e 6090 OC, 9645 OC.
“O Pulo do Gato”, com José Paulo de Andrade – noticiário
Jornal Primeira Hora
“Arquivo musical” - músicas anos 60,70,80
Esportes, com Milton Neves
Todos os dias – manhã

Todos os dias – manhã
Domingo – manhã (6 as 8)

Domingo – 9 horas


Outras emissoras captadas: Rádio Globo do RJ - 1220 AM,  Rádio Capital SP – 1040 AM, Rádio Tupi RJ – 1280 AM, Rádio Nacional Brasília 980 AM,  Rádio MEC RJ – 800 AM,  Rádio Estadão ESPN – 700 AM (antiga Eldorado).
Nota importante: na sua captação dessas rádios em Ondas Médias (OM ou AM) faça a sintonia e coloque o rádio em várias posições, girando-o lateralmente, não precisa abrir a antena (boa recepção noturna). Existem emissoras com a mesma sintonia; vale aí o uso de uma antena de AM, direcional, para selecionar o sinal daquela emissora desejada (como a CulturaBrasil de SP e a Super Rádio Clube de Fortaleza nos mesmos 1200 Mhz). Já na captação de ondas curtas (OC ou SW- short wave), é necessário a antena totalmente aberta ou até mesmo uma antena externa (recepção dia e noite). Faça sua escolha,  boas escutas e bom divertimento.

Mauro Ianhez é engenheiro agrônomo e radioescuta.

domingo, 9 de setembro de 2012

Este texto (carta) mostra a característica dos tempos atuais. Faço-o como meu pois me balançou. Também, por isso, não serei agora um social-democrata tucano, nunca!! Pra quem tiver curiosidade e paciência, tá aí, ó: 

BRASIL  CARINHOSO 

Bom dia, dona Dilma! 


Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO. 



Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA!  É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil. 



Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para "engordar" sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano qüinqüenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT. 



É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a platéia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente. 



Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura,  bastante politizada, marxista, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do "quanto pior, melhor". São discricionários, praticantes do "bullying" mais indecente da História do Brasil. 



Em 1988 a Assembléia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*.  Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição, enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola. A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição qu e vá para a pqp. Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida de que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação. Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?  O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?  Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer! 



Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem.  De ensino técnico, profissionalizante. Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros.  Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais. Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA  brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste. Nossos meninos e jovens lêem (quando lêem), mas não compreendem o que leram.  Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.



Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina. 



A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.  Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula  dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante. Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa. Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente. Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos  governos. Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta. 



Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem está falando. 



Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso. A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado. O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.  Sou  fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez.  Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto me smo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada. Outros usaram? E daí? A senhora não é "os outros". A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer. 

Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro. Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz. 



A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício. Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro, a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileiras vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinqüência e às drogas. 



Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e qu atro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser  votado, mas gostou da xyzwhijp de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, desprecisada  e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês. 



A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consul tar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga  brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais. Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente?  Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital.  Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói. 



Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.  Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação. 



Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde. O contraditório é muito saudável. 



Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma? Carinho de presidentA da república do Brasil neste momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mai s creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula, do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho. 



Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária. Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são.  Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos. Esta é a jogada. Suja. 



A televisão mostra ininterruptamente imagens de desespero social. Ne ste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma! 



Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista. 



Último lembrete: a pobreza é uma conseqüência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro. 

Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê?  Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu. 



Atenciosamente, 

Martha de Freitas Azevedo Pannunzio 

Fazenda Água Limpa, Ub erlândia, em 16-05-2012

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Letícia, a alegria

Um nome que significa a alegria... um nome que deu união.... um nome que celebra a convivência, a amizade e a felicidade.... Este é o nome que escolhemos para nossa filha, há 15 anos atrás. E hoje, já moça, nos dá alegria maior pela sua vivacidade, amor e carinho. Toda a família se enche de orgulho para celebrar com ela o seu aniversário, a sua vida! Que venham todos os seus: de Sete Lagoas, de Patos de Minas, de Brasília, de São Paulo e de Paracatu!!  Viva a Alegria!!!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

o rádio e as rádios


O Rádio e eu

A história deste equipamento comigo é algo de muito estranho. Deve ser porque desde pequeno sempre ouvi as vozes dentro daquele caixote; pela distância dos grandes centros e pela necessidade de informação aonde até então não chegara a famigerada televisão, naqueles tempos idos da década de 1970, em Vazante, no noroeste de Minas. Meus pais sempre ouviram,  principalmente madrugada afora. Para acordar para ir à escola, eu ouvia uma música de vinheta para a carta do ouvinte, num programa creio ser da Rádio Globo do Rio. Quando nas férias, de manhã, ouvia junto com a minha mãe que acompanhava a programação da Rádio Record de São Paulo, que tinha Silvio Santos, Atanásio Jazadji, Nelson Rubens e, à tarde, o Eli Correia (Oiiiii, genteeee!!!). Quando eu ficava na casa de meus avós maternos ouvia de manhã e à tarde o Zé Bétio e sua programação sertaneja. Isso tudo era captado via ondas curtas, em casa num Transglobe 9 faixas e na casa da minha avó um Motoradio de mesa. Minhas primeiras incursões como radioescutas foram nas eleições de 1982 para saber o resultado para prefeito; depois sempre dava umas rodadas no dial, principalmente aos domingos até antes das quatro da tarde porque meu pai queria ouvir aos jogos de futebol. No nosso carro tinha um rádio Motoradio 3 faixas que em 1980 eu ouvia o Fausto Silva no programa Balancê da Globo de São Paulo anunciar uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Moscou (era para o iatismo). Pelo rádio também, descobri a Rádio Cultura AM de São Paulo no ano de 1988, em Viçosa, MG à noite e que depois dei conta de achá-la nas ondas curtas de dia. Foi minha estação favorita por muitos anos ,e desde então comecei a adquirir meus aparelhos. É uma luta diuturna, às vezes inglória, para uma melhor captação das estações num mundo cheio de lâmpadas eletrônicas, TVs, PCs e um punhado de interferências. Mas vamos levando. Nisso, conheci muita gente, fiz amizades e que, através da internet, possamos saber de mais detalhes sobre esta máquina de som e fantasia. Mauro Ianhez. Abril de 2012