domingo, 4 de dezembro de 2011

Laranja e ética


Laranja é a fruta que mais gosto. E talvez por isso, o meu perigo: Por gostar muito e consumir igual, tenho encontrado muitas delas com uma ponta ressecada, sem suco algum. Dizem que na nossa cidade a grande maioria das laranjas vem de um só atacadista, o “Fulano das laranjas”; daí, concluí que as frutas semi-estragadas não estão por todo lado por acaso. Tem um certo fundamento que é o mesmo fornecedor. E não há coisa mais sem graça que uma laranja sem suco, seja ela doce ou azeda, como queiram. Felizmente, o livre mercado e a concorrência me ajudaram a evitar as laranjas ruins.
Laranja também é “Indivíduo que se presta, consciente ou inconscientemente, a participar de golpes para outros indivíduos, normalmente poderosos em persuadir e, portanto, que se aproveita da ingenuidade alheia” . Dizem que na nossa cidade há uma grande quantidade dessa “espécie”, e esta infelizmente até o momento, não há como escolher, pois são todas(os) ruins. Mas há como evitar. Estão permeáveis nos campos e na cidade, disseminadas como joio, mas muito bem identificadas. Neste caso há os fornecedores, que as usam para se aproveitarem dos benefícios públicos e privados, que se esforçam sempre em consegui-los e das mais variadas formas. Os atacadistas, quando pressionados por formação de cartel, se unem para afastar a idéia de desconfiança no seio da sociedade. E pressionam das mais sórdidas formas como por pressão política, intimidações no ambiente de trabalho...
Sim, há como evitar a ação desses atacadistas: Quem tem caráter, uma vida reta, um profissionalismo pautado na ética e na justiça e, principalmente, quem teve educação de berço e respeito aos seus, não há o que temer. Felizmente os fornecedores dos laranjas são e serão sempre desmascarados pela verdade, através da gestão participativa da sociedade nas políticas públicas. Não digo o mesmo da coisa privada, que é uma instância em que o dinheiro fala mais alto, e também há muitos aproveitadores. Nesse caso, o dinheiro pagará muito pela verdade que já está a tona.

Do Inhame aqui. Dezembro de 2011.

sábado, 1 de outubro de 2011


Galo, acima de todos os tempos
(Ildefonso Dé Vieira e Roberto Drummond)
(baseado numa frase histórica de Roberto Drummond, parceria que ele não soube da existência)

Numa noite de temporal
e ventania

se estiver pendurada no varal
a camisa preta e branca 
a da alegria
o atleticano de alma franca
torce contra o vento
torce contra o tempo
torce com energia


Contratempos
todos temos
não se pode negar
mas há momentos
na vida que o importante é ganhar

Neste vendaval da vida
cheio de injustiça e farsa
só nos resta o samba na avenida
o nosso GALO
e a cachaça

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Os agrotóxicos....

Bom, pessoal!!! Agora uma matéria técnica. Para os defensores dos "defensivos agrícolas", para os defensores dos "remédios para praga e doença", para os não entendidos do assunto que o correto é falar, escrever e se for o caso, prescrever, com vocês (Deus me livre!!!) - os  AGROTÓXICOS, sem aspas.

http://www.soltec.ufrj.br/mstrio/campanha-contra-os-agrotoxicos-lanca-filme-de-silvio-tendler-e-caderno-de-formacao/

Muita atenção a todos

Abraço do inhame

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os trinta anos de "MPB-4 Adivinha o que é" 1981-2011


em 1981, o grupo gravou o lp adivinha o que é, especialmente preparado para o público infantil. hoje em dia talvez ele se enquadrasse naquele típico conjunto de "lps para crianças que divertem mais os pais", mas não posso negar que quando foi lançado, eu, no auge dos meus cinco anos, quase furei o meu de tanto escutar! com composições que passeiam pela fantasia lúdica infantil, indo do absoluto nonsense (composição estranha) à pura poesia (o verbo flor, a lua) passando por divertidas brincadeiras(adivinha o que é, nomes de gente), os quatro magos da voz conseguem fascinar adultos e crianças da primeira à última faixa.

destaque para a criativa capa de daniel azulay, que também tinha o dom de me entreter por horas e horas procurando e descobrindo as surpresas escondidas, verdadeiros tesouros pra uma pessoinha do meu tamanho...

faixas:
1) o som dos bichos
2) o galo cantor
3) rosa branca foi ao chão
4) o verbo flor
5) composição estranha
6) todo mundo sabe dormir
7) adivinha o que é
8) nomes de gente
9) botões
10) a lua
11) o sono dos bichos
12) o pato


Do Inhame:
30 anos se passaram desde o lançamento desta grande obra. Minha infância (2ª?) foi definitivamente marcada por este LP (alias , conheci pela fita K7), desde que minha mãe ouviu em BH e lá mesmo já comprou a fita e trouxe pra gente. Também tinha comprado outra fita, esta da Nazaré Pereira que fazia grande sucesso na época (1981). Mas as músicas realmente sensacionais; a qualidade, as harmonia, as letras que fazem as crianças pensarem e viajarem. Por isso mesmo eu adorei e não sei como a fita não enrolou no som Gradiente de tanto tocar. Esta fita fez história: meu sobrinho também ouviu quando pequeno e meus filhos (primeiro a menina e agora o caçula) ainda ouvem, mas agora comprei o CD, pois a fita K7 não sei onde anda; tomara que ainda esteja boa para ouvir... 
Não há uma ou outra música em especial que goste mais. Adoro todas. E como diz o blogueiro daí de cima "agrada mais os pais...", mas é um exagero. As crianças que ouvem se apaixonam pela música, a sonoridade e as letras. Coisa que prende a atenção, não é monótono e nem apelativo como as músicas do século XXI. Vale a pena e altamente recomendável para bons ouvidos.

domingo, 10 de julho de 2011

simples

O mundo está aí. O que hoje temos é fruto da capacidade intelectual humana; indiscutível. Políticas e manipulações de massas existem e pelo sistema capitalista, ainda persistem as mazelas. Século XXI, Agenda 21, um punhado de outras coisas rondam a cabeça de quem quer ser antenado com o novo século. Parece que não dá mais para (con) viver "SEM". O ter parece ser imprescindível, mais que necessário. Até eu mesmo com os meus rádios.... "tenho que ter um fulano.... pega melhor...." e tal. Onde vamos parar? Muitas das vezes temos que ter a simplicidade nas atitudes e na nossa cabeça. Não é pensar pequeno, e sim pensar e agir com o mínimo de recursos artificiais; realizar coisas mais humanas, compartilhar mais, estar mais. Uma conversa, um almoço com amigos, uma música desinteressada, uma leitura, um bom texto para refrescar a cuca. Pouco fazemos, pouco também procuramos pra mudar nosso ritmo de vida. Ficamos presos a nossa conveniência; não saímos "do mesmo". A mesmice impera. A sede do peixe seria que o mesmo se encontra na água e ao mesmo tempo deseja matar a sede? Temos tudo ao nosso redor e meios para mudar a realidade de nossas vidas e mesmo assim não damos conta disso? Século 21 que já há 10 anos chegou imperdoável, devastador das vontades próprias, incluindo tudo e todos num padrão de gostos, vontades, atitudes padronizadas. Fazer diferente. Pena que os diferentes já são muito iguais, padronizados. Esse padrão vem dos meios de comunicação (termo antigo), hoje, "mídia" que a todos atinge. Ser humano e não ser humano-máquina é um grande desafio pra quem quer ser livre. Me parece que as músicas dos anos 1970-1980 expressavam essa liberdade, essa independência; principalmente as letras do clube da esquina, pois falavam de amizade, amor, natureza e música. E isso dá muito pano pra manga!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novas do inhame e a sede do peixe

Estou iniciando este pequeno diálogo com o mundo com propósito de desabafar algumas coisinhas que me perturbam a mente. Só isso. Se não, o que será que acontece com milhares de pessoas que postam BLOGS por aí??? Nada mais é do que querer botar a boca no trombone por algumas coisinhas que as perturbam. Pois bem, cá estou para falar daquilo que penso, não penso, gosto e não gosto. A sede de publicar alguma coisa sem ter o compromisso com o dono do 'jorná'!!